Se tem um Posto concorridíssimo no Carnaval do Rio de Janeiro é o de Rainha de Bateria e na última semana ele ganhou uma nova soberana. Virginia Fonseca, de 26 anos, deve ser coroada na Grande Rio nas próximas semanas e, para uma novata, nada melhor do que as dicas de uma veterana da mais alta categoria como Quitéria Chagas, de 44 anos.
“Ela é um acontecimento. Como uma mulher que tem uma história muito grande, que saiu debaixo e construiu um império… Ela é uma influencer que domina o mercado, uma business woman, e admiro mulheres que saem da curva e são visionárias empreendedoras”, afirmou Quitéria em conversa com a Quem.
A Sambista também lembrou que a Escola tem uma história sobre a presença de famosas em Postos de destaque como Musas e Rainhas de Bateria. “A Grande Rio tem essa questão de ter artistas, e também tem uma questão diferenciada em prol da diversidade e pluralidade. Também acho importante terem mulheres que sambam, da Comunidade. É importante ter um equilíbrio para agradar o público”, destacou.
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“Agora temos a maioria de Rainhas negras, Passistas e Sambistas, o que já equilibra. Antigamente não tinha e agora estamos mais equilibrados e veremos o que o público acha. Como veterana, estou sempre aberta e solícita para as pessoas virem a mim. Se quiser, pode me chamar, Virginia, para conversar, trocar uma bola”, completou.
Com uma vida inteira dedicada ao Chão Sagrado do Samba, principalmente ao quase octogenário Império Serrano, Quem pediu à atriz e Rainha de Bateria para dar três dicas importantíssimas para que a influenciadora assuma a Coroa da Agremiação de Duque de Caxias da melhor forma. Confira:
Contato físico
“O ideal, quando a pessoa é muito famosa, não exagerar na quantidade de seguranças. Coloca uma pessoa para ver de longe, mas tenha cuidado com isso. A galera do samba é diferente e gosta de contato físico, pegar, abraçar, beijar. Ser mais simpática possível, mais povo possível, tudo de forma natural que deve ser dela”.
Samba no pé
“Aprender a sambar. Ela tem o samba dela, cada um tem o seu, mas é sempre bom procurar Coreógrafos e Professores vários para poder desenvolver o seu ritmo. Cada um tem um jeito diferente e o samba não é linear. A gente pode criar e evoluir de um lugar comum, contando que siga o ritmo”.
Conhecer a história
“É importante estudar, conhecer a história do Enredo, da Comunidade, da Escola que se está adentando. Cada Escola tem uma história até para ela poder ser Porta-Voz e falar sobre aquela Comunidade. Ser Rainha envolve muita coisa, não é só imagem e beleza, que agrega, mas no samba é mais complexo porque o público tem outras exigências. E é importante respeitar a cultura do Carnaval, a cultura preta”.
Redes Sociais/Patrick Monteiro/100 ANOS DE GLOBO














