Beija-Flor de Nilópolis: DEZ. A Escola de Samba que leva a cidade até no nome é motivo de muito orgulho para os nilopolitanos. Não sem motivo: a Beija-Flor é dona de 14 títulos do Carnaval carioca e, neste domingo (16), agracia Copacabana com muito Samba no pé em um Desfile na Orla.
O Enredo deste ano, “Laíla de Todos os Sambas, Laíla de Todos os Santos” homenageia o emblemático Diretor de Carnaval Laíla, que morreu em 2021. Para a reverência ficar ainda mais completa, a Escola decidiu retomar a tradição de levar a Beija-Flor pela Avenida Atlântica, o que não acontece desde 2018, último ano de Laíla à frente da Escola. A concentração começa às 14h, na altura do Posto 5, e o Desfile segue até o Posto 4.
— Nenhuma cidade da Baixada Fluminense conseguiu se exportar e ser reconhecida dessa forma, como representante e colaboradora autêntica e indiscutível na construção do Samba como Patrimônio Cultural do Brasil. Isso nos enche de orgulho, e não há como não perceber como isso define e fortalece uma sensação de pertencimento que vemos em praticamente todo nilopolitano com a cidade. É uma sorte e uma honra muito grande ter a Escola aqui. — afirma o Secretário de Governo de Nilópolis, Caio de Araujo
Identificação e história
A Escola tem uma relação tão profunda com suas raízes que é impossível separar a história da cidade da trajetória da Escola.
— A cidade se emancipou em 1947 e o Bloco que deu origem à Escola surgiu em 1948. Ela fica bem no coração da cidade e é uma das maiores Instituições de Cultura Popular do País, com cerca de 3 mil Membros e uma grande quantidade de Títulos ganhos no Carnaval moderno (depois da inauguração do Sambódromo), o que levou o nome da Escola para o país inteiro. Em outros estados, há quem inclusive ache que o nome da cidade seja Beija-Flor — diz Caio de Araujo.
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Escola gera renda
Além do afeto dos moradores, que têm a autoestima elevada pela Escola, a Beija-Flor também é importante pelo movimento que traz para a economia da cidade.
— A Beija-Flor gera renda por meio da Cultura, Turismo e da Economia Criativa. Uma Escola de Samba consegue gerar renda por meio da Cultura e de praticamente todos os Segmentos Criativos. Temos Compositores, Músicos, Profissionais de Artes Plásticas, Artesãos, Costureiras, Profissionais da Moda, Técnicos de Barracão, entre outros — diz o secretário de Turismo, Leo Monteiro
Além disso, há todo o dinheiro que circula sem ser diretamente ligado à Escola, e também o lado social.
— Há ainda os serviços complementares, que envolvem outras áreas, como Comunicação, Fotografia, Design, Audiovisual, além dos inúmeros Projetos Sociais desenvolvidos pelo Instituto Beija-Flor, como doação de cestas básicas, cursos profissionalizantes e diversas iniciativas comunitárias. Ou seja, além do grande privilégio que é ter a Beija-Flor como Representante Cultural da Cidade, também é algo muito estratégico do ponto de vista social e econômico, por isso temos tanto orgulho da Agremiação — afirma Leo Monteiro
Outras Escolas queridinhas de suas cidades
A Grande Rio tem o coração dos moradores de Duque de Caxias e, em 2022, pela primeira vez, ganhou um título no Grupo Especial, com um Enredo sobre Exu
A Porto da Pedra é a representante de São Gonçalo e já ganhou três vezes o Título de Campeã no Grupo de Acesso
Inocentes de Belford Roxo é carinhosamente chamada de Caçulinha da Baixada e tem uma torcida cativa no Grupo de Acesso
A Viradouro é a Escola de Niterói que vem, cada vez mais, se tornando uma potência no Carnaval carioca. A Escola coleciona três Títulos, em 1997, 2020 e 2024
A Unidos da Ponte é a Escola tradicional de São João de Meriti, com 72 anos de história
União de Maricá é uma jovem Escola, criada em 2015, está entre as favoritas do Acesso no Carnaval de 2025, com Enredo assinado por Leandro Vieira, um dos maiores Carnavalescos da atualidade
Por Elisa Soupin/Extra – 100 anos de Globo