“Em cartaz: a saga vencedora de um povo heroico no apogeu da vedete da Pauliceia”. Este é o Título do Enredo da Escola de Samba Vai-Vai para o Carnaval de 2026.
O sexto Desfile que irá passar pelo Sambódromo do Anhembi, na sexta-feira, 13 de fevereiro, será desenvolvido por uma Comissão de Carnaval composta por quatro Profissionais: Gleuson, Marcão, Renato e Tati.
A Agremiação fará uma homenagem à Companhia Cinematográfica Vera Cruz, um dos maiores símbolos do cinema brasileiro nos anos 1950, sediada em São Bernardo do Campo.
O Projeto retratará um tema que mistura cinema nacional, luta de classes, imigração, industrialização de São Paulo, região do ABC com foco em São Bernardo e a resistência popular. Tudo sob a ótica dos trabalhadores, migrantes e personagens que ajudaram a construir a identidade da cidade.
Grêmio Recreativo Cultural Social Escola De Samba Vai-Vai
Sinopse do Enredo – Carnaval 2026
(10 de Junho de 2025)
Em Cartaz: A Saga Vencedora de Um Povo Heróico
no Apogeu da Vedete da Pauliceia
Setor 1 – Luz, Câmera, Ação… Das Lentes do Passado, a Vera Cruz Resgata Emoções
Na ficção de paixão, arte e utopia, ergueu-se um estúdio entre fábricas e canaviais.
Não era apenas concreto, madeira e refletores — era um templo para o gesto, a fala
e o olhar. Nasce o sonho da sétima arte produzida, dirigida e encenada por
brasileiros: a Companhia Cinematográfica Vera Cruz!
Anos Dourados!
Os rostos nos filmes da Vera Cruz tinham a luz de um país que estava se
descobrindo. Não era apenas cinema — era o Brasil tentando se enxergar, não mais
com o filtro estrangeiro, mas com a lente da sua própria alma. Sonhar grande é coisa
rara e os filmes da Vera Cruz, mesmo cobertos pela poeira dos anos, ainda brilham
como relicários do tempo em que o Brasil acreditou que podia contar sua própria
história com beleza, coragem e arte nas telas do cinema.
Atenção, senhoras e senhores. Tomem seus lugares. Apagaremos as luzes. Com
vocês, uma grande produção brasileira!
Setor 2 – Em Cartaz, a Saga Vencedora de Um Povo Heroico
No encantamento de quem escreveu suas próprias narrativas, muitos povos, muitas
histórias e um só objetivo: vencer. Vencer o novo, o desconhecido, a si mesmo e a
tentativa manter viva suas raízes.
Vindo de um cenário litorâneo, o caiçara revela o herói discreto, mas poderoso: o do
guardião da terra e do mar, que luta não com armas, mas com a persistência, o
saber e a comunhão com a natureza.
Tomados por coragem de recomeçar, que se manifesta na decisão de deixar sua
terra natal — o imigrante muitas vezes fugindo da fome, da guerra ou da miséria —
para reescrever o roteiro de sua vida em um lugar desconhecido, enfrentando o
medo, o preconceito e as dificuldades com dignidade e trabalho. O porto se abre
para a Pauliceia como um portal da nova era.
Corroborando no entrelaçamento de arquétipos, o herói nordestino é aquele que,
mesmo espoliado, não se dobra — é personagem símbolo da teimosia da vida, da fé
que não se rende e da força que brota do chão seco. Vida em celebração e puro
estado de valente alegria.
Fechando este elenco de personalidades ímpares, a presença do herói caipira revela
a humildade como força, não como submissão, mas como firmeza tranquila, que
sabe o valor das pequenas coisas e da vida simples.
Em cartaz, a saga vencedora de um povo heroico!
Setor 3 – Estrelando, o Espírito do Trabalho e do Progresso
Entusiasta com o advento do progresso, primeiramente surgido com a Vera Cruz, e
com uma população ávida por trabalho e pelo progresso, surge um novo perfil de
sociedade: a trabalhadora e industrial.
Neste cenário, o protagonismo é do operário — semente e chão de fábrica — de
uniforme puído e surrado, manchado de suor e óleo do torno, do aço. Enquanto a
máquina girava os dias, a marmita de arroz e feijão esfriava e requentava a comida e
a esperança.
No coração febril, roncavam motores, o aço erguia sonhos e silêncios. Era a indústria
— ventre de ferro e fumaça — que paria o mito do desenvolvimento. Lá dentro,
homens viravam engrenagem, de seus suores brotavam o progresso.
Como alegoria de um futuro promissor, entre fuligem e faíscas, produziam-se
máquinas, carros e motores. A linha de montagem, na verdade, era linha de espera,
costurando futuro com linha remendada. E cada parafuso, porca ou esteira,
guardava uma história calada.
É vez e hora da galhardia presente no espírito do trabalho e do progresso!
Setor 4 – Nas Telas, a Missão de Lutar Junto ao Povo Por Igualdade e Justiça Social
A indústria crescia como concreto em cidade, levantando prédios e promessas no ar.
Mas o povo seguia no subsolo, sem elevador para alcançar direitos e seu quinhão da
prosperidade. Refém do domínio, da guerra, da fome e da morte, perdurou.
A indústria cresceu — é verdade —, mas não curou a ferida aberta. Buscou o
progresso a qualquer custo e faltou justiça na oferta. Desenvolvimento com gosto de
espera, em trilhos que correm sem rota e com futuro preso à esteira.
Com um figurino refinado, a sociedade se curvava à modernidade, mas no espelho
do aço reluzia o reflexo de uma falsa liberdade. Entre as prensas e as peças, nascia a
busca por justiça e igualdade. O trabalho será ponte, e não prisão, o descanso será
direito, e não trauma.
O roteiro é de luta, é de busca por liberdade. Ela não pede licença à censura, nem
espera a permissão do patrão. O grito tem voz de gente comum, é grito que rompe
algema e padrão.
Não era só por salário, era por dignidade. Não era só por folga, era por liberdade.
Era o direito de dizer “basta”, sem que o medo calasse a vontade. Foi conquista com
garra e suor. A união de mil vozes para que nenhuma falasse só. Foi chão partilhado,
decisão coletiva. O operário se viu por inteiro e não apenas parte da estrutura.
Setor 5 – Em Grand Finale, o Apogeu da Vedete da Pauliceia: São Bernardo do
Campo!
No grand finale, há uma cidade na tela maior. Refletida pelas luzes da vitória.
Projetada como farol do sucesso. No mapa dos sonhos, não marcada por linha ou
fronteira. Tem acolhimento pra quem nunca teve. Tem banquete em vez de migalha.
Tem justiça que não é breve. Saúde. Educação. Arte. A vida tem qualidade. O futuro
já é realidade no abraço, no teto, no chão.
É cidade de braço e cabeça, de construção e ternura. Da pauliceia, a cidade é
vedete. E vedete não pede licença e nunca sai de cena. Ela brilha, reluz e se eterniza.
Aqui, nas telas da memória desta ficção. Em preto e branco, nas cores da sétima
arte.
Fim!
“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real será mera coinscidência”.
Redes Sociais / Vai-Vai – SP















