A Unidos de Padre Miguel definiu na madrugada deste sábado, na Vila Vintém, as duas vencedoras do concurso de Musa da Comunidade para o Carnaval 2025. A disputa foi realizada exclusivamente com as meninas da ala de Passistas. Crislin Andrade e Camila Villar ganharam e festejaram demais o resultado.
“Essa vitória não é minha é da minha família e da Comunidade. Ser Musa daqui é ter o sangue muito quente e ser raiz para conseguir carregar a Comunidade e mostrar o legado. Morar na favela e ser cria da Vintém você pode chegar aonde quiser. Desde cedo desfilo na Ala de Passistas da Escola. Minha família tem uma história dentro da UPM. A Escola representa a cura, amar o samba é ensinamento aqui dentro”, afirmou Camilla Villar, de 26 anos.
“Extremamente emocionante e gratificante representar minha Escola. Vou continuar representando toda força do Boi Vermelho no Carnaval. É sempre mostrar nossa representatividade. Desfilo há 26 anos na Escola. Agora, eu vou continuar o legado que a UPM me ensinou. Meus filhos já fazem parte daqui. Aqui se aprende a amar o samba. A Escola sempre me ensinou muitas coisas para vida, como respeitar o próximo, os mais velhos, e o nosso Pavilhão”, comentou Crislin Andrade.
Na etapa final cinco talentosas mulheres disputaram o título de Musa da Comunidade, mas Crislin Andrade e Camila Villar foram escolhidas para integrar o Quadro de Musas da Escola. As vencedoras representarão a Agremiação em eventos e no Desfile Oficial do Carnaval em 2025.
“As Musas da Comunidade simbolizam a essência da nossa Escola e a força da nossa gente. Este concurso é uma maneira de valorizar as raízes e o compromisso dessas jovens que carregam o nome da Unidos de Padre Miguel com tanto orgulho- ” afirmou Lara Mara, Diretora de Carnaval da Unidos de Padre Miguel.
Em 2025, a Unidos de Padre Miguel será a primeira Escola a Desfilar no Grupo Especial, marcando seu retorno à elite do Carnaval carioca após 52 anos. O Enredo “Egbé Iyá Nassô”, trará uma profunda imersão na história afro-brasileira, destacando o legado de Iyá Nassô e a relevância do terreiro Ilê Axé Iyá Nassô Oká, o mais antigo templo afro-brasileiro em atividade.
Foto: Matheus Morais/Redes Sociais/UPM