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Bateria da Mocidade é declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Rio

A Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel é o mais novo Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro, conforme oficializado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (8).

O texto, assinado pelo Governador Cláudio Castro, sanciona projeto de lei de 2023 do Deputado Luiz Cláudio Ribeiro (Republicanos). A “síntese da riqueza cultural do estado do Rio de Janeiro” representada pelos Ritmistas da Mocidade entre as justificativas do Parlamentar para o Projeto.

“A sonoridade ímpar da Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel eterniza o Axé do Terreiro de Tia Chica, Mãe de Santo do Bairro onde a Escola foi fundada”, completa o texto, em referência a quem também escolheu as cores verde e branco para o Pavilhão da Escola.

A Cantora Elza Soares (1930-2022), torcedora independente e homenageada em vida pela sua Escola no carnaval de 2019, eternizou ainda em sua voz os versos de “Salve a Mocidade”. A canção lembra das palavras de Mestre André — um dos primeiros Regentes de Bateria a receber o título de “Mestre” e que morreu em 1980 — sempre dizia “Ninguém segura” a Bateria Não Existe Mais Quente. Ogã e Filho de Santo do Terreiro de Tia Chica, Mestre André também é o responsável por criar um batuque para seus Ritmistas saudarem Oxóssi.

O Orixá, que rege a Não Existe Mais Quente, foi o Enredo da Escola em 2022, Desfile em que até a então Rainha de Bateria Giovanna Angélica raspou os cabelos. Na ocasião, o gesto foi para representar o momento em que Oxóssi se consagrou como Caçador de uma Flecha Só, ao derrubar uma grande ave, representação em que o Orixá está careca. Atualmente, a Bateria é Comandada pelo Mestre Dudu.

 Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

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